
NÃO DAR TRÉGUAS À DOR
Terça, 27 de Dezembro de 2022 - 14:56
É a principal causa de procura de cuidados em serviços de saúde. Por vezes, a dor é apenas um sintoma associado a uma condição aguda, mas também pode prolongar-se no tempo de forma crónica.
A dor descreve-se como uma sensação negativa e desagradável, a nível sensorial e emocional. Com consequências e efeitos a nível físico, emocional e socioeconómico para quem dela sofre, nunca deve ser desprezada. Em Portugal, assume uma prevalência considerável, chegando a ser das maiores causas de absentismo e de reforma precoce, por invalidez. Apesar destes dados, tende ainda a ser desvalorizada, ou mesmo subavaliada pelos prestadores de cuidados de saúde.
Atualmente, a dor crónica acomete cerca de 33,6% da população portuguesa, sendo maior a incidência na zona lombar e nos membros inferiores. Ainda que os doentes saibam identificar o local da dor, em muitas das vezes não se identifica a causa ou a origem. Em 2017 foi criado o Plano Nacional para Prevenção e Controlo da Dor, com a missão de melhorar a abordagem da dor em Portugal, reduzir a sua prevalência e melhorar a qualidade de vida dos doentes.
DOR AGUDA VS. DOR CRÓNICA
Em 2003, a Direção-Geral de Saúde (DGS) considerou-a como o “5º sinal vital”. O objetivo era contrariar a subvalorização e subavaliação da dor que, em muitos casos, chega a ser uma patologia. Uma forma, também, de alertar as entidades prestadoras de cuidados de saúde para a sua relevância. Foram muitos os casos em que os doentes que recorreram a esses serviços não tiveram qualquer avaliação da dor sentida. A partir deste momento, passava a ser obrigatório realizar esta abordagem ao doente a cada visita.
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