
DERMATITE ATÓPICA: ACALMAR A PELE VERMELHA
Terça, 27 de Dezembro de 2022 - 15:03
O número de pessoas com dermatite atópica tem aumentado, com implicações na sua qualidade de vida. A adoção de cuidados de pele diários ajuda a prevenir e controlar as crises.
A dermite atópica é uma doença inflamatória, crónica e recorrente, «que se manifesta por muita comichão e pelo aparecimento de manchas na pele», explica Filipa Diamantino, médica especialista em dermatologia e venereologia. Apesar de esta não ser considerada uma doença grave, a médica destaca que «pode interferir bastante na qualidade de vida dos doentes» e alerta para o facto de a prevalência ter vindo a aumentar nos últimos anos. Estima-se que «entre 10 e 20% das crianças e 1 a 3% dos adultos dos países industrializados estejam afetados», afirma. E acrescenta, «a prevalência é superior em áreas urbanas, nos níveis socioeconómicos elevados e em agregados familiares reduzidos».
FATORES DE RISCO
Entre os fatores de risco destacam-se a história familiar e os fatores genéticos. «Em cerca de 80% dos casos, nos doentes ou nos familiares, para além das manifestações cutâneas existem, ao longo da vida asma ou rinite alérgica. A tendência para este tipo de patologia chama-se atopia», explica Filipa Diamantino, esclarecendo: «A alteração genética que determina o aparecimento da dermite atópica ainda não está totalmente identificada. Parece antes tratar-se de múltiplas mutações em diferentes cromossomas.»
Existem também fatores ambientais a ter em conta. «O papel dos alérgenos respiratórios e alimentares no desencadeamento do eczema atópico ainda é controverso. Nas pessoas com dermite atópica, a função protetora da pele está diminuída e os alérgenos podem entrar com maior facilidade», refere a médica dermatologista.
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