CONTRACEÇÃO: JOGUE PELO SEGURO

Quinta, 13 de Fevereiro de 2020 - 12:20

Existem muitos métodos contracetivos para prevenir uma gravidez. Antes de escolher, aconselhe-se junto de um especialista para saber qual é o que melhor se adapta ao seu estilo de vida e preocupações.


«Não faz sentido pensarmos em cuidados de saúde e bem-estar, sem falarmos na saúde sexual e reprodutiva e em planeamento familiar». Quem o afirma é Paula Pinto, coordenadora da Sexualidade em Linha, que todos os dias acompanha as dúvidas de quem liga para a o número 800 222 003. Para a responsável é essencial que todos tenham acesso a informação credível sobre contraceção e métodos contracetivos. «Só assim é possível decidir, de forma consciência e livre, sobre se querem ter filhos, o número de filhos e o intervalo entre o seu nascimento», esclarece.

ESCOLHA O SEU

Nos últimos anos foi grande a evolução no campo da contraceção. O método de contraceção hormonal, por exemplo, ficou «mais diversificado, na sua composição, dosagem e modo de utilização». Novas opções que abrem portas à possibilidade de uma escolha mais personalizada, em função das características e necessidades de cada mulher, «reduzindo potenciais riscos associados ao uso de um contracetivo hormonal», explica a especialista.

Um dos critérios para a escolha do método é a fiabilidade. Para muitas mulheres, a opção pelos métodos de longa duração, como o Dispositivo Intrauterino (DIU), o Sistema Intrauterino (SIU) ou o Implante Subcutâneo, acabam por ser a opção mais segura, já que não exige uma rotina diária e assim: «evita-se o risco de esquecimento na sua utilização».  

MUDANÇA DE PARADIGMA

A pílula contracetiva ainda é o método contracetivo de eleição das mulheres portuguesas. Para a Paulo Pinto, a razão parece simples de compreender: a pílula é a primeira opção contracetiva a ser apresentada à mulher. Mas acrescenta: «O conhecimento das vantagens de um determinado método, ou dificuldades no acesso a esse mesmo método, poderão também contribuir para a adesão a outros métodos contracetivos».

Se, durante anos, a contraceção era encarada como responsabilidade da mulher, a responsável refere que os tempos mudaram e que os homens começam a assumir também um papel ativo, se bem que «ainda está aquém do desejável».

A coordenadora da Sexualidade em Linha relembra que «o preservativo é um método de dupla proteção – protege de uma gravidez não desejada e é o único que previne as infeções sexualmente transmissíveis. Contudo, quando a mulher utiliza um método contracetivo, o uso concomitante do preservativo, não é o mais frequente». Por isso, a coordenadora aconselha que a escolha do método seja uma decisão conjunta e da responsabilidade de ambos.

 

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