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Acidentes Domésticos: A prevenção é a melhor proteção!

Quarta, 31 de Julho de 2024 - 12:57

Os acidentes domésticos e de lazer são uma realidade nem sempre valorizada que obriga, muitas vezes, a recorrer às urgências hospitalares. Em 2022 foi atingido o valor mais alto dos últimos cinco anos, mais quatro por cento face a 2021, e são as pessoas com mais de 65 e a faixa etária entre os 0 e os 14 anos os grupos mais vulneráveis. Prevenir e saber como agir, em caso de ser necessário intervir, é essencial para evitar males maiores.   

A nossa casa é um porto de abrigo, mas pode ser, igualmente, um local com algumas “armadilhas” que dão, muitas vezes, origem a acidentes domésticos com consequências graves. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde e do Eurostat (o gabinete de estatísticas da União Europeia), morrem, em média, 700 pessoas por dia nos 27 Estados-membros, devido a acidentes, sendo esta a principal causa de óbitos nos indivíduos dos 1 aos 24 anos.  

Em Portugal, o cenário é semelhante como se verifica da análise dos dados do sistema EVITA (Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes), sediado no departamento de epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e dos registos, de acidentes domésticos e de lazer, das urgências de 28 hospitais, unidades locais de saúde e centros hospitalares do Serviço Nacional de Saúde.  

De acordo com o último relatório do EVITA, em 2022 foi atingido o valor mais alto dos últimos cinco anos. Só no ano passado, registaram-se 218 657 acidentes dentro e fora de portas. Trata-se de um aumento de cerca de 4% face a 2021, numa média diária de 599 casos, concluindo que os acidentes são mais frequentes nos grupos etários considerados mais vulneráveis: pessoas com 65 e mais anos (31%) e na faixa etária entre os 0 e os 14 anos (26%).  

Coordenadora do Sistema EVITA desde 2017, a enfermeira Tatiana Alves destaca, ainda, o facto de, no último relatório do EVITA, se ter observado uma maior proporção de acidentes domésticos no sexo masculino (59%), do grupo etário entre os 0 e 14 anos, e uma proporção de acidentes superior no sexo feminino (64%) acima dos 65 e mais anos. 

Quedas, a principal causa de morte acidental  

As quedas (53%) são a principal causa de morte acidental e a casa é o local onde estes acidentes ocorreram com maior frequência (67%). «No caso da pessoa idosa corresponde a 65% dos episódios», explica Tatiana Alves. Sobre as crianças, a coordenadora do programa adianta, «a análise do local de ocorrência, durante o ano em análise, revelou a Escola, a área institucional e os recintos públicos (44%), a Casa (33%) e o Ar livre (8%) como os locais de ocorrência com proporções mais elevadas», explica Tatiana Alves. Em ambos os grupos analisados, as lesões mais frequentes são a contusão, hematoma (53%; 62%, respetivamente); seguida de Ferida aberta (16%; 19%, respetivamente)», explica.  

Com a casa a revelar-se o espaço mais propício aos episódios de acidentes domésticos e de lazer, são vários os fatores (produtos ou objetos) que podem direta ou indiretamente, ser considerados. Conforme esclarece Tatiana Alves, em 2022, «destacaram-se as categorias relacionadas com a Superfície do solo (42,7%), Animal, planta ou pessoa (11,0%), Equipamento para atividades desportivas/lazer (8,1%) e Mobiliário (7,0%)». 

 

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